sexta-feira, 2 de abril de 2010

"Visitação"

"Estou cansada. Toda eu sou cinzenta, o cinzento e a tristeza se me pegaram. Estou cansada e quero ir, assim, fechar os olhos, tombar, quase sem dar por isso, como uma pena que cai, sem rumor nem dor. A morte.
Não custa nada a morte. Custa mais a vida. Os gestos quotidianos que a mantêm. A sobre-vivência, luta pela vivência. A morte. Baixinho. Sussurrada. Custa, custa menos a morte. Apenas um gesto. Um desleixo."

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