quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

"Loucura..."

"- Meu caro, todos nós temos um ideal. O meu, não te digo qual é. Se o confessasse, deixaria de ser ideal... Todavia, afianço-te que nele não há nenhuma mulher... não há mesmo ninguém, senão eu. Sou um bicho do mato... Ah! não sentir ninguém perto de nós... fazer só o que a nossa vontade exige... Parece impossível que se ame a vida familiar... A família! Que náusea!...
- Mas sem uma família constituída, não pode haver felicidade completa! - insurgia-me eu. Raúl, pensativo, em vez de sustentar a sua opinião, respondia:
- De acordo. Por isso mesmo é que me repugna a vida familiar. Eu não quero ser feliz... Ser feliz, seria para mim a maior das infelicidades!...
Pobre amigo... pobre louco..."

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