quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Zero ou O

Numa ocasião, quando sonhava dormindo, lembro-me de ver e falar com pessoas (algumas conhecidas e muitas inventadas) que não me faziam sentir nada de bom, como se houvesse no espaço que fica entre uma interacção e outra, uma estranheza essencial/básica. 
Fiquei então a fazer uma qualquer tarefa, da qual não me recordo e, estando sozinha, senti um chamamento, qualquer coisa que me impelia a ir. E fui. Corri para «lá». Reconheci num tecto branco e diagonal uma mancha vermelha, levei imediatamente a minha mão para ela, toquei, deixei-me estar com a mão ali. Surgiu-me então uma sequência numérica: -1 +1 -1 +1 -1 +1 -1 +1... (até ao infinito). 
Acordei, pensei, estudei, procurei. A recta... o ponto zero... a conta que feita numa vez ou até ao infinito dá sempre zero... o O do Bion... a circularidade... o começo, o desenvolvimento e o fim... o início, de novo... a possibilidade... o nada... a criação... a verdade última...

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