sábado, 6 de março de 2010

"O Dom"

"Adeus, meu livro! Tal como os olhos mortais, os imaginados devem cerrar-se um dia. Onegin, de joelhos, levantar-se-á, mas o seu criador afasta-se para longe. E contudo o ouvido não pode separar-se aqui mesmo da música e deixar que o conto se desvaneça; os acordes do próprio destino continuam a vibrar; e para o homem sábio não existe obstrução onde eu escrevi Fim: as sombras do meu mundo estendem-se para lá do horizonte da página, azul como as brumas de amanhã, e nem isto termina a frase."

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