"(...) o triunfo do patriarcado não foi nem um acaso nem o resultado de uma revolução violenta. Desde a origem da humanidade, o privilégio biológico permitiu aos homens afirmarem-se sozinhos como sujeitos soberanos. Eles nunca abdicaram do privilégio (...). Condenada a desempenhar o papel do Outro, a mulher estava também condenada a possuir apenas uma força precária: escrava ou ídolo, nunca é ela quem escolhe o seu destino. «Os homens fazem os deuses; as mulheres adoram-nos», diz Frazer. São eles quem decide se as divindades supremas devem ser femininas ou masculinas. O lugar da mulher na sociedade é sempre estabelecido por eles."
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