segunda-feira, 22 de maio de 2017

"Gradiva"

"Um escritor, dir-nos-ão, deve evitar todo e qualquer contacto com a psiquiatria e deixar para os médicos a descrição de estados mentais patológicos. A verdade, porém, é que nunca nenhum escritor verdadeiramente criativo obedeceu a tal imposição: a representação da vida psíquica humana constitui mesmo o seu domínio mais específico e desde tempos imemoriais que ele é um percursor da ciência e, consequentemente, da psicologia científica. Entretanto, a fronteira entre os estados mentais normais e os patológicos é convencional e tão movediça que, provavelmente, cada um de nós a atravessa várias vezes ao dia."

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